Comprei "O Outro" influenciado pela leitura de "O Leitor", bom livro de Bernhard Schlink explorando o vergonhoso período em que a Alemanha Nazista tentou subjugar o povo judeu.
Neste curto romance, que mais parece um conto, a ideia central é a de um homem que, após a dolorosa morte de sua esposa, recebe uma carta que revela um segredo do passado: um amante.
Amargurado pela dor da perda e da traição, Benner resolve personificar sua esposa para descobrir, entre outras coisas, quem era esse Outro e se ela fora mais feliz com esse affair do que em seu casamento.
A ideia de Schlink é muito instigante, mas ele comete, em minha opinião, alguns deslizes que comprometem a beleza da obra.
A narrativa é tão concisa, que sufoca o potencial dramático da história, que podia ser melhor explorada pela ótica psicológica, antropológica e filosófica.
As personagens são vazias, desprovidas de uma empatia que conquiste o leitor ou de um passado que justifique suas atitudes frívolas.
Finalmente, o desfecho é tão seco quanto todo o resto da história.
Mas é claro que essa é a minha opinião. Espero que vocês gostem e também deixem as suas.
Abraços!
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